sexta-feira, 23 de maio de 2008

MALU COMENTA A VOLTA DA MALU QUE NÃO QUER PARAR DE IR. PARA ONDE?

NAS PALAVRAS SOLTAS ESCRITAS ACIMA,

A MALU QUE NÃO VIAJA,

QUE FICA NO MESMO LUGAR,

DEIXOU UM COMENTÁRIO PARA A MALU QUE ANDA.

A MALU QUE ANDA SOBRE OS PÉS E COM O PENSAMENTO.

PENSAMENTO NÃO TEM FRONTEIRA.

A MALU QUE FICOU, TAMBÉM NÃO TEM FRONTEIRAS E SENTE SAUDADES DE SI MESMA ,

NO MESMO LUGAR E EM MUITOS LUGARES ...

ELA DIZ:

SEJA BEM VINDA DE VOLTA AO SEU ACONCHEGO.
ATÉ QUE FINALMENTE, MAS COMO DIZ O DITADO:
ANTES TARDE QUE NUNCA...


POIS É... A MALU QUE FICOU ESTÁ À ESPERA DA MALU QUE FOI...

A QUE FOI, ESTÁ DE VOLTA E LOGO SENTIRÁ FALTA DO MUNDO VASTO MUNDO!

MAS SEMPRE QUE UMA VAI, OUTRA FICA ESPERANDO ...

PIOR É QUE AS DUAS NUNCA SE ENCONTRAM, PORQUE QUANDO UMA VOLTA A

OUTRA VIAJA...

PALAVRAS SÃO PALAVRAS

Lua. Terra. Vida. Conquistas. Gente...

Espaço. Exílio. Volta.

Palavras soltas, fazem sentido?

Palavras lançadas sem conteúdo?

Verde olhar destruição mares estaria...

Palavras jogadas ao lado de verbos formaram uma oração?

Toda vida é bela.

Belíssima...

As palavras coordenadas deram um sentido à oração. A palavra sozinha também se deu vida.

Era uma sequência?

Exílio... Céu.... Lua... Gente...

VOLTO DO MEU EXILIO....

A vida é bela.

Belíssima!!!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeio de maio: comemoremos com carinho e amor.

DIA DO TRABALHO – PRIMEIRO DE MAIO

Escrever é um trabalho e acredito eu que seja uma das atividades mais prazerosas.

Profissionais com fins objetivos como os autores de livros didáticos, jornalistas e outros, ou aqueles que gostam de escrever por arte, como os poetas, romancistas e os que o fazem por hoby, deverão, porém se guiar pela máxima de que não se pode ter a pretensão de impor uma determinada opinião, pois até mesmo as teses científicas, os registros de fatos históricos, às vezes são contestados. É um trabalho com idéias e cada qual escreve de acordo com a sua formação, caráter, cultura, ponto de vista e se forem escritos científicos ou técnicos, são de acordo com pesquisas e experiências e que também, podem alcançar divergências.

O ato de escrever é democrático, exatamente porque se expõe à apreciação do leitor e por mais que um texto seja alvo de críticas, é aí, na liberdade de expressão que está a enriquecedora fonte do questionamento crítico, tanto para o leitor quanto para o escritor.

Se ninguém escrevesse, agradando ora a gregos, ora a troianos, ou desagradando a ambos, nada seria registrado, não teríamos fatos tão confiáveis da História da humanidade, assim como não saberíamos da famosa frase de Getúlio Vargas, em um de seus discursos que mobilizavam multidões: “Trabalhadores do meu Brasil...”.
Pois é, com certeza esse país tem muitos trabalhadores que merecem toda a glória e, muitas vezes, não sabem da força que têm.

Se não fosse o camponês, de que forma o dono das indústrias de óleo, trigo e outros alimentos estariam ricos? Se não fosse o pedreiro, como os ricaços construiriam seus apartamentos e palacetes? Se não fosse o garçom, quem serviria refinadamente num jantar de gala? Se não fosse o funcionário da gráfica, como seria publicado um livro de sucesso? Se não fosse o trabalhador braçal, como o asfalto das rodovias privatizadas (as mantidas pelos poderes públicos são péssimas) poderia servir de tapete para os carrões dos ‘bacanas’? E assim por diante?

Esses trabalhadores braçais, tão importantes na construção da sociedade e tão pouco valorizados no quesito salário, têm o mesmo destaque na construção da nossa sociedade, como o médico que nos salva, o advogado que representa o direito de voz dos acusados, o piloto que nos permite encurtar consideravelmente o tempo causado pelas distâncias, os biólogos que estudam a vida para ajudar a preservá-la, assim como outras profissões, sejam elas bem ou mal reconhecidas.

Atualmente temos o trabalho com a ajuda da tecnologia, que é tudo o que o homem cria para agilizar sua ação, se bem que infelizmente, apenas uma pequena porcentagem da população tenha acesso a esse avanço, por causa da lógica do capital, que “vende” o produto tecnológico que o próprio homem ajudou a construir e poucos podem comprar.

Não poderia, no entanto, deixar de citar a mais nobre de todas as profissões: a do professor. Dom Pedro dizia que se não fosse imperador, seria professor. O professor dispensa igual atenção à criança que será médico, dentista, varredor de rua, cientista, motorista, a todos enfim. É a profissão daqueles que semeiam o saber nas criaturas e, pelas conquistas grandiosas da humanidade em todas as áreas, pode-se afirmar que as sementes caíram em muitas terras férteis e deram muitos frutos, desde o princípio.

Lembro-me de que quando criança, todos os dias em minha escola, colocavam-nos em filas, por série, no pátio. O diretor sempre nos dirigia a palavra antes de entrarmos para a sala de aula, com muita sabedoria e sua fala foram sementes que devem ter gerado muitos frutos bons, pois foi com ele que aprendi dar valor a todas as profissões e saber que são essenciais para o desenvolvimento de um país. Antes de irmos para nossa sala, ele nos falava a cada dia sobre um assunto e depois cantávamos o Hino Nacional. Fazia questão da presença desde a faxineira até a dentista da escola nesse ritual, e depois da iniciação solene, a fila mais comportada levava a bandeira para a sala de aula, coisas da ditadura, afinal, dirão. Foi nesse cenário patriota que aprendi a música que cantávamos na véspera de primeiro de maio, acompanhados inclusive pelo diretor, um trabalhador em educação que deixou uma marca de seriedade, competência e creio que todos os alunos devem lembrar-se dele como um modelo de profissional. A música:

“O trabalho é nobre mister/
A que se inclui qualquer serviçal/
Todos quantos a pátria requer/
Do operário ao intelectual. /

REFRÃO: comemoremos com carinho e amor,
Primeiro de maio, dia do trabalhador,
Primeiro de maio, dia do trabalhador,
Comemoremos com carinho e amor.

O trabalho do aluno é estudar/
Professores trabalham também/
O salário do aluno é aprender e passar/
Professores teu prêmio é no além.”

Bem diz o provérbio “é de pequeno que se torce o pepino”, pois aprendi naquela escola que todo trabalhador é imprescindível em nossas vidas, esteja exercendo a profissão que for, não existe o melhor profissional, e, sim, aquele que dá o máximo de si, mesmo que isso não seja tão evidente como seu colega. Mas pode ser que seja o possível que ele consiga fazer. É claro que existem os preguiçosos e os corruptos, mas primeiro de maio não é dia deles. É dia dos esforçados, com destaque ou não.

Neste dia quero falar da admiração que tenho por uma profissão: os bombeiros que se arriscam como heróis para salvar seres, seja na água, seja no fogo. Esses merecem importante destaque.

Voltando a Getúlio Vargas que dizia solenemente: “trabalhadores do meu Brasil...” e era aplaudido por uma multidão crédula de que aquele discurso anunciava uma promessa de prosperidade, eu me pergunto se algum dia, essa minha gente de braços prontos para servir conscientizar-se-á da força poderosa e inexaurível que têm.

Professora Malu Milreu